quinta-feira, 24 de abril de 2014

Abril


Enquanto da pátria
Se empaturram párias
Que não conhecem honra e 
nem verdade
O povo sucumbe numa tristeza 
sem idade

Há quem se erga e fale e aja
Para dissipar as trevas



Fumo das labaredas

Em que arderam

justiça dignidade e pão



Mas as trevas persistem

E a nação cai e esboroa

E com ela a liberdade o sonho a

Esperança

Desta ruína a banca e
Demais ladrões
Levantam-se e crescem e progridem
Em debochada
Festança

Nisto vem Abril

E quem o depôs
Quem o consumiu o usou o
Detestou
Bota no peito um cravo

Como quem prega um prego
No crucificado



Maria Morais



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