quarta-feira, 18 de junho de 2014

Ainda vamos andando por cá…

Segundo dados do INE, em 2013 saíram do país cento e vinte e oito mil cidadãos. Por diferentes razões, mas saíram…muitos deles seguindo, decerto o bom conselho do governo. O desespero faz milagres.

Tenho amigos com quem gosto de discutir politica, aliás, só discuto politica com os meus amigos pois falamos a mesma linguagem. Não somos unânimes nem da mesma área politica e isso é excelente para uma boa discussão e, uma boa discussão politico – filosófica vale um dia de trabalho.

Uma das últimas discussões (chamaria, antes, debate) foi acerca das nossas atuais condições de vida, ou seja, a resposta à questão “o país está melhor (como o governo clama) ou pior (como reclama a oposição)?

Para os saudosistas relembro os cento e vinte e oito mil cidadãos indicados pelo INE. Ainda, e sempre, seguindo os dados do INE…



a) Temos a taxa de Natalidade sempre a baixar, de 2008 a 2012 passámos de 104594 nascimentos para 89841;

b) O número de nados vivos por cada mil habitantes tem vindo, sempre, a baixar, ou seja, vamos envelhecendo a olhos vistos. Em 2008 a taxa era de 9,5% estando em 2012 em 8,5%...;

c) Os pedidos de auxílio das famílias (ou individuais) estão em crescendo. Em 2010 a Cáritas ajudava 24568 pessoas/famílias e em 2013 ajudava 52967;

d) A taxa de suicídios (por 100 mil habitantes) era em 2008 de 9,8%...foi sempre aumentando…9,6 – 10,4…chegando em 2012 a 10,1%!;

e) O célebre Abono de Família está em queda, não porque não seja necessário mas porque as teorias económicas assim o desejaram.., em 2009 apoiava 1 813 936 crianças e jovens passando, em 2013, a apoiar 1. 294 132…embora existam menos jovens a principal causa é o rastreio ser mais apertado;

f) Com tantos desempregados, embora a taxa de desemprego venha a baixar, também devido a diferenciação de critérios, o subsídio de desemprego era atribuído em 2010 só a 357857 (valor médio de 469,53€), foi baixando, atingiu um pico em 2013 em que apoiou 418256 cidadãos (valor médio de 491,25€) para voltar a baixar em 2014 em que apoia 367012 pessoas (valor médio de 468,93€);

g) A nossa glória, a taxa de Mortalidade Infantil que era das melhores do mundo começou a subir…em 2010 era 2,5%, subiu em 2011 (3,1%) e em 2012 (3,4%)…estando em 2013 em 2,9%;

h) Entretanto as verbas da saúde, em percentagem do PIB, tem vindo a baixar. Em 2010 era 5,6% (8849 M.€)…sempre a descer para 5%...estando em 2014 em 4,8% do PIB (que entretanto contraiu…);



i) Claro que o número de consultas com o médico de família baixou passando de mais de 30 milhões em 2011 para 29 milhões em 2013, uma variação de – 4,8%;

j) O número de urgências atendidas também baixou. Em 2011 eram cerca de seis milhões e meio descendo, em 2013, para cerca de seis milhões. Uma variação de – 5%. Estamos entendidos?;

k) Entretanto o consumo médio de horas de visualização de TV está em contínuo aumento…em 2008 a média era de 4h 21’ e em 2012 chegoui às 4h 40’. E, os programas são educativos…;

l) Na educação, a base de uma nação produtiva e consciente, os números acompanham a negritude geral…em 2011 tínhamos 7317 escolas que passaram, por abate de escolas e de oportunidades no interior, para 7088 em 2012. Este ano o abate continua;

m) O número de alunos também vai baixando…em 2011 eram (ou estavam inscritos) 1 041 384 passando, em 2012, para 1 003 289;

n) O número de professores tem vindo sempre a baixar…é óbvio. Em 2011 eram 156669 e em 2012 baixou para 145 547. Os docentes contratados em 2011 eram 35,9 mil, baixando em 2012 para 24,2 mil. Em 2013 havia 15 200 professores contratados…e vai baixar;

E, poderia continuar nesta senda de números e taxas cedidas, a quem as quiser ler, pelo INE.

Os meus amigos, com quem discuto politica, mesmo de tendência política contrária e/ou diferente, não discutem esta leitura. Não podem…

Agora, que cada um faça a sua leitura com base na sua educação e concepção de cidadania e objectivos de vida. O que é excelente para uns, e alcançável, pode não ser o espirito de vida, de ser e estar, para outros…

Tudo bem.

Mas estamos melhor?



Rui Manuel Torrado Valente
18-06-2014

sábado, 14 de junho de 2014

Uma informação a confirmar e seguir com atenção

http://www.epalol.com/tens-tatuagens-nao-vas-ao-hospital-de-cascais/

Sobre Cascais, o pensamento único e o Papa Francisco

A questão que mais me incomoda sobre o actual governo municipal de Cascais é a ausência de um Programa.

Não contesto a liberdade individual, de modo nenhum - aliás sou uma fervorosa adepta do pensamento divergente e da discussão colectiva à procura de convergências pelo bem comum.

Contesto que, em detrimento de um programa ao qual os eleitos se tenham de vincular perante os seus eleitores e demais cidadãos, façam a apologia daquilo que Carreiras anunciou na sua tomada de posse em 2013: "uma Estratégia para Cascais". 

E esse facto dá-lhes uma liberdade total para defender projectos indefensáveis sobre o ponto de vista da maioria dos munícipes ou fregueses. Dá-lhes a capacidade de bradarem a sua prepotência sem que tenham (aparentemente) qualquer obrigação de ouvir ou incorporar outros pontos de vista.
Na verdade não podem ser escrutinados porque não estão a trair nenhum programa! Esta é verdadeiramente a sua estratégia, considerarem-se "livres de interpretar o mandato como melhor lhes aprouver":

Zilda Costa Silva votou a favor do plano de pormenor para Carcavelos-Sul, o que permitiu a sua aprovação. A assembleia de freguesia exige a demissão da autarca”.
"A autarca ... entendeu ser "livre de interpretar o mandato como melhor lhe aprouver", destaco, no artigo publicado em 12/06/2014, LUSA e PÚBLICO



O pensamento único que o Papa Francisco contesta publicamente, está aqui a ser concretizado, no município de Cascais.
Parece um contra-senso? Liberdade individual versus Pensamento único? Curiosamente não é incompatível, como o mostra a realidade deste concelho: cada elemento do PSD / CDS eleito em autarquias é livre de orientar o seu voto, desde que de acordo com o estipulado pela aliança "Viva Cascais". Sem escrutínio popular. Sem terem de prestar contas. São livres de impor o que bem lhes aprouver.

Curiosamente eu, que me conheço agnóstica, reconheço-me próxima de pensamentos do Papa Francisco sobre o mundo e sobre a política, assim como descortino como não cristãos os actos deste executivo municipal e de freguesias, apesar de constantemente os vermos presentes em missas católicas.

Actuam numa linha fariseia, na aplicação de estratégias de “desenvolvimento” de um concelho em prol de “atracção de investimentos” ou de “receitas para a economia local”.

Mas de que “economia local”, nos estarão a falar?

(continua)

Paulina Esteves

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Cascais & mais ultrapassou as 2000 visitas

Para não dizer que não falei de flores...

Não imagino um mundo sem flores. Creio que poucos o possam imaginar. Sobretudo depois de um rigoroso inverno que, em tempo de descontentamento, nos fez desejar mais ainda a primavera adiada. Por isso, ao passar por Cascais nos últimos dias, não pude deixar de sorrir para dentro ao admirar a profusão de flores nas rotundas e canteiros públicos: petúnias, amores-perfeitos e begónias competindo pacificamente em demonstração de cor e de beleza. Ao mesmo tempo, porém, não pude deixar de comparar esta visão tão idílica com o estado de degradação de outras zonas de Cascais votadas à mais profunda indiferença - para não dizer desprezo! Onde é necessário uma candidatura ao Orçamento Participativo da Câmara Municipal de Cascais para tentar satisfazer as necessidades essenciais dos munícipes – nas quais a segurança representa, obviamente, a grande prioridade. 

Refiro-me concretamente ao projecto de requalificação da Rua do Viveiro, no Monte Estoril, aprovado pelo Orçamento Participativo de 2012 (intervenção que vinha sendo pedida  já vários anos sem que nada tivesse sido feito).

A proposta do O.P. contemplava, para lá do arranjo da rua e dos passeios, (designadamente em termos de segurança), a construção de um parque infantil no parque do Museu da Música Portuguesa, a abertura ao público dos seus dois portões da Rua do Viveiro e a reactivação do Mercado. Foi-nos dito, entretanto, que a requalificação ficaria limitada ao arranjo dos passeios e à colocação de passadeiras/lombas.

Passados dois anos, outros projectos aprovados foram concretizados mas a Rua do Viveiro … continua na mesma!!!

Não gosto de pensar que as prioridades da CMC nem sempre coincidem com as dos seus munícipes, nem que, para aquela, o arranjo de uma rua é demasiado insignificante em comparação com outras “flores” mais vistosas que, justamente propostas pelos seus munícipes, serão oportunamente embandeiradas em arco em tempos de campanha.

Quais os limites, afinal, entre aquilo a que os munícipes, pagando impostos, já de si tão elevados, têm pleno direito e aquilo que, sob a capa de democracia, nos é oferecido como um acto de boa vontade da CMC?
Agradecendo ao Geraldo Vandré a sua canção tão inspiradora…!



Isabel Guerreiro

terça-feira, 10 de junho de 2014

Eleições já ???



Há dias o prof. Rui Valente defendeu a realização de eleições legislativas já.
Considera que este governo não tem qualquer legitimidade, porque faz exatamente o contrário do que prometeu na campanha eleitoral, pelo que se baseia numa fraude eleitoral.

Até aqui concordo inteiramente.

Todos nos lembramos do Passos Coelho a dizer a um jovem que cortar o subsídio de Natal era um disparate, e todos sabemos o que ele fez imediatamente após tomar posse.



Ainda há pouco mais de um mês ele dizia que não ia aumentar mais impostos ou cortar rendimentos e uma semana depois já dizia que ia haver um “ajustamento” (em alta, claro) do IVA e da TSU.

É para mim claro, que este governo é incompetente, mentiroso e o mais à direita que já tivemos desde o 25 de Abril de 1974.

E é exatamente por isso que eu não quero eleições já.

Eleições já, ainda por cima com o maior partido da oposição no estado em que está, é garantir ao Passos Coelho mais 4 anos de governo, agora com uma nova legitimidade que neste momento não tem.

O Passos Coelho já fez a este país mal que chegue.


José Batalha

domingo, 8 de junho de 2014

Mar ( vi-te pela primeira vez em Cascais )

Lembro-me da primeira vez que o vi, foi tão poderosa a experiência que ainda hoje quando o vejo me lembro disso.
Por isso, de certa forma, de cada vez que o vejo é como se fosse a primeira.
Foi das experiências mais marcantes da minha vida.



A visão, amplitude vastidão imensidão, brilhos reflexos, côr... ... e aquele movimento perpétuo em toda a extensão e o crescer e diminuir, subir e descer, como um respirar gigante... e o som!  sussurrar,  arrulhar,  rugir...
Ah como lembro o instante em que avançou mansamente até mim e me acarinhou os tornozelos, numa carícia fresca e macia, envolvendo-me e depois indo indo, e eu com ele, parecia...  vertigem! (a minha atenção nele como se dele eu fosse parte).
O gosto do sal, o cheiro penetrante... 
nada é como ele e nenhuma experiência se compara a vê-lo ouvi-lo cheirá-lo e ai 
não há maior prazer que experimentá-lo, com cada  pedacinho, com cada célula do nosso corpo!  
Entrar nele é como regressar . Ir ao início do que algum dia seremos.

maria morais

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Já !!!

Defendo ELEIÇÕES legislativas, JÁ!
É urgente dar o voto ao cidadão português que sofre na pele as medidas que nunca lhe foram anunciadas em campanha eleitoral....
As últimas eleições foram, portanto, uma fraude.
Como é possível elegermos um governo a partir de um programa (promessas), dar-lhe uma maioria e este não cumprir nada do que prometeu? É essencial promover novas eleições para que um novo governo, seja de que área for, seja legitimado nas medidas dificeis (concerteza!) a promover.
Os eleitores, nós o povo, seremos, então, conscientes nas medidas e no sentido de voto. Poderemos escolher.
Como estamos agora é que não!
Não escolhemos corretamente pois ninguém falou verdade. A verdade.
Mesmo que a escolha seja o caminho atual, será uma escolha cons
As últimas eleições foram, portanto, uma fraude. Como é possível elegermos um governo a partir de um programa (promessas), dar-lhe uma maioria (entre dois partidos) e este não cumprir nada do que prometeu?
Pelo contrário, só fez (faz) o contrário daquilo que prometeu.




É essencial promover novas eleições para que um novo governo, seja de área for, seja legitimado nas medidas difíceis (com certeza!) a promover. Os eleitores, nós, o povo, seremos, então, conscientes nas medidas e no sentido do novo voto.
Poderemos escolher.
Como estamos agora, é que não!
Não escolhemos corretamente pois ninguém falou verdade. A verdade.
Mesmo que a escolha seja o caminho atual, será uma escolha consciente.
Rui Manuel Torrado Valente

São João do Estoril, 4-05-2014.

Cascais, apartamentos de luxo e a corrupção nos vistos gold

Eis o destino de grande parte dos projectos imobiliários aprovados pela Câmara de Cascais - dar cobertura a redes internacionais criminosas!

Quem vai comprar apartamentos de luxo no Estoril-Sol, no Atlântida-Residence, no PPERUCS ou na Areia-Birre?!?
É este o "investimento" que se quer para o nosso concelho? 
Será este o Cascais que os munícipes querem VIVO?




"No âmbito desse caso, os investigadores recolheram indícios de que a compra de casas de valor superior a 500 mil euros ou a transferência, para Portugal, de capitais que ascendam a, pelo menos, um milhão de euros era apenas, na maior parte dos casos, um recurso legal para obter autorização de residência por mais de seis anos e viajar pelo espaço europeu sem obstáculos."
"Um artigo publicado ontem pela revista Forbes sobre a fuga de capitais que está a ocorrer na China, por causa da luta das autoridades contra a corrupção, menciona Portugal como um dos países para onde os chineses que não conseguem vistos norte-americanos estão a desviar os seus investimentos." - em Público de 6 de Junho 2014, pág.10, sobre corrupção nos vistos gold.



Paulina Esteves