domingo, 8 de junho de 2014

Mar ( vi-te pela primeira vez em Cascais )

Lembro-me da primeira vez que o vi, foi tão poderosa a experiência que ainda hoje quando o vejo me lembro disso.
Por isso, de certa forma, de cada vez que o vejo é como se fosse a primeira.
Foi das experiências mais marcantes da minha vida.



A visão, amplitude vastidão imensidão, brilhos reflexos, côr... ... e aquele movimento perpétuo em toda a extensão e o crescer e diminuir, subir e descer, como um respirar gigante... e o som!  sussurrar,  arrulhar,  rugir...
Ah como lembro o instante em que avançou mansamente até mim e me acarinhou os tornozelos, numa carícia fresca e macia, envolvendo-me e depois indo indo, e eu com ele, parecia...  vertigem! (a minha atenção nele como se dele eu fosse parte).
O gosto do sal, o cheiro penetrante... 
nada é como ele e nenhuma experiência se compara a vê-lo ouvi-lo cheirá-lo e ai 
não há maior prazer que experimentá-lo, com cada  pedacinho, com cada célula do nosso corpo!  
Entrar nele é como regressar . Ir ao início do que algum dia seremos.

maria morais

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