O governo decidiu mandar avaliar o desempenho dos 322 centros
de investigação e desenvolvimento (I&D) que constituem o sistema científico
nacional.
Considero que tudo o que consome recursos do erário público,
deve ser avaliado e monitorizado com rigor e independência, pelo que concordo
com a avaliação, que deveria servir para detetar eventuais insuficiências, com
vista à sua correção.
A avaliação deveria
servir para elevar o nível de desempenho do nosso sistema científico.
Acontece que o governo, através da Fundação para a Ciência e
Tecnologia (FCT) contratou a European
Science Foundation (ESF) para fazer essa avaliação e logo no contrato de
prestação de serviços estabeleceu que apenas 162 dos centros avaliados,
passariam à 2ª fase.
Ou seja, ainda antes da avaliação feita, o governo decidiu
que metade dos centros avaliados não passariam e veriam os seus financiamentos
anulados, condenando à morte centros com trabalho reconhecido
internacionalmente.
Isto não é sério e não pode ser tolerado com um encolher de
ombros.
O que deveria ser um processo de melhoria, vai ser um
processo de destruição de uma atividade fundamental para o futuro do país.
Não tenho qualquer dúvida, que Portugal só será um país
competitivo e capaz de proporcionar um futuro decente aos portugueses, se
apostar na melhoria da qualificação dos nossos jovens e na I&D que nos
permita produzir produtos de maior valor acrescentado.
O que o governo tem estado a fazer é destruir a escola
pública e agora a I&D, o que configura um autêntico crime de lesa-pátria,
que os portugueses não poderão deixar de sancionar.
José Batalha
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