Não sou professor e não sei se Nuno Crato é o pior Ministro
da Educação que o Portugal democrático já teve.
Mas não
tenho dúvidas que é um dos piores.
Para além do ataque à escola pública, da afronta aos
professores, do desrespeito pelos alunos e respetivas famílias, da
incompetência na gestão do Ministério, temos agora, qual cereja no topo do
bolo, uma profunda cobardia política.
O início do ano escolar tem sido caótico, devido a, entre
outras razões, uma total incompetência
na colocação dos professores.
Os erros têm sido tantos e tão grosseiros, que Nuno Crato
teve de declarar no Parlamento, em 15 de setembro, que a responsabilidade era
do Ministério e teve de pedir desculpa ao país, aos deputados, aos professores,
aos alunos e suas famílias.
Nessa intervenção assegurou que os erros seriam corrigidos,
mas que ninguém seria prejudicado.
Passaram 15 dias e o Ministério dá instruções para que os
diretores dos agrupamentos de escolas revoguem os contratos assinados com os professores,
quando não são estes diretores os responsáveis pela errada lista de colocação.
Em duas semanas, as garantias dadas pelo Nuno Crato no
parlamento, esfumaram-se.
Professores que estavam colocados deixaram de o estar.
Alunos que tinham professores deixaram de os ter.
A palavra do Ministro vale zero.
À incompetência soma-se a descredibilização total.
Um ministro assim tem de ser demitido.
José Batalha
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