quarta-feira, 28 de maio de 2014

O desemprego caiu... E o emprego também

O Instituto Nacional de Estatística publicou os dados do desemprego, referentes ao
1º trimestre de 2014, revelando que a taxa de desemprego caiu de 15,3% no último trimestre de 2013 para 15,1% no fim de março.
Os desempregados passaram de 808.000 para 788.100.
São menos 19.900 pessoas no desemprego.
Parecem boas notícias.
Acontece que o emprego também desceu.
O número de pessoas com emprego diminuiu 42.000. Eram 4.468.900 e são agora 4.426.900.
Mas  se  o  número  de  pessoas  a  trabalhar  diminuiu,  como  é  que  há  menos desempregados ?
É simples.
Uma parte, os mais jovens e bem preparados, emigrou.
Outra  parte,  os  mais  idosos  e  com  baixas  qualificações,  desiludidos,  deixaram  de procurar trabalho. Continuam sem emprego. Continuam a querer trabalhar. Mas não são desempregados. São inactivos.
Pobre país em que até as boas notícias, afinal são más.

José Batalha



pperucs - Assembleia Municipal de 27 de Maio de 2014 - Comentário sobre a crónica do "público" de 28/5/14 acerca da AM

O Protagonista desta história chama-se Carlos Coelho, Capitão da GNR, Comandante da Polícia Municipal de Cascais, que denunciou, um dos presentes nesta Assembleia Municipal por este o estar a fotografar sem a sua devida autorização, à PSP.
O Sr. Comandante que não queria ser fotografado, passou o tempo a colocar-se atrás do púlpito, local objeto do interesse dos fotógrafos e máquinas de filmar ou seja, local impróprio para estar quem não quer ser fotografado.
Foi tudo armado. Aliás o que se percebia desde o início com 4 carros da Polícia Municipal e PSP a ocuparem a rotunda em frente à Assembleia Municipal e sucessivas chamadas de atenção do Sr. Pres. da Ass. Municipal, Dr. Pires de Lima que não se cansou de ameaçar a Assembleia do princípio ao fim, “que evacuaria a sala se não se portassem, o público, de acordo com o regimento….”

Munícipes alertam para os efeitos irreversíveis do plano de pormenor na praia, muito conhecida pela prática do surf Rui Gaudêncio/Arquivo (Foto de PÚBLICO)

A Paz

O homem nunca está em paz, não considera a paz como um valor fundamental de qualquer cultura e/ou religião. Evoluímos entre convulsões e guerras e a nossa história foi sendo reescrita pelos vencedores.
Depois de 1945 vivemos cinquenta anos sem dar um tiro na Europa…eu cresci a ouvir falar das guerras nas áfricas (para mim 1974 chegou a tempo de não conhecer a guerra nesse continente) ou nas ásias e, na Europa, nunca me passou pela cabeça que os Balcãs (nos idos de 90) , agora a Ucrânia pudessem trazer à tona de água, e da memória, as mais tristes lembranças acerca de nós europeus…


A Europa formou-se, e sempre se afirmou, com guerras sangrentas entre povos, países religiões e conceitos de vida. Guerras que duraram longos anos e que para além de marcarem fronteiras deixaram profundas feridas entre os povos. A guerra fez o homem moderno, tornou-se uma forma de estar, uma profissão.
Incrível.

Qual o futuro desta vivenda?

Esta casa situa-se no Monte Estoril, e receia-se que vá ser demolida. 
Durante anos, albergou um projecto comercial com algum sucesso que, como tantos outros no concelho de Cascais, não resistiu à perda de poder de compra de largos sectores da sociedade e teve que encerrar as suas portas.




Hoje a vivenda encontra-se desabitada. 
Ao seu lado cresce mais uma construção de proporções e gosto muito duvidosos, que se irá somar a várias outras que hoje concorrem para a gradual descaracterização do Monte Estoril.
Esperemos que não se confirmem os receios de mais esta demolição, atendendo a que envolve um imóvel com a singularidade que é patente nas fotos.

Cada vez mais, se exigem respostas municipais de protecção ao comércio local, mas sobre tudo ao nível da preservação do património natural e arquitectónico.

Clara Andrade e Carlos Silva

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Pensamentos sobre o fascínio do Poder governativo - autárquico e outros

O Povo costuma dizer: “Quando vão para o poder são todos iguais”.
E assim tem parecido, ao longo dos tempos, numa grande maioria de casos.
Mas porquê?
Será que o acesso privilegiado a informações confidenciais muda o sentido de justiça de cada um?
Será, como dizem outros, que quando se passa a ter uma visão global sobre o território e as suas componentes, sobre a totalidade dos agentes económicos, sobre a globalidade das perspectivas, necessariamente isso implica uma mudança de agulheta, desde uma anterior defesa da natureza, dos trabalhadores, das pessoas, para a defesa dos interesses dos grandes financeiros, da especulação imobiliária, de investidores sem escrúpulos?


Será que a ida para um poder local ou nacional provoca uma epifânia em cada membro: “ah, como eu estava enganado, afinal os investidores especuladores é que tinham razão”?
E será que tantos serão facilmente permeáveis à ideia de que, como me disseram uma vez assim que fui indigitada para coordenar uma equipa de trabalho numa grande empresa: “Olha que agora já não é um índio, é chefe dos índios, tem de manter a distância e mandar!” ?

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Um agradecimento a Miguel S. Tavares e ao Expresso

Pela importância que o tema abordado tem para o Concelho de Cascais, reproduzimos com os agradecimentos de CASCAIS & mais ao EXPRESSO e ao autor, o texto de Miguel Sousa Tavares publicado a 10 de Maio. 

Carlos Silva


Escolhas do orçamento participativo confirmam necessidades importantes de residentes no concelho

Ontem - 15 de Maio - em Murches, na sede do Grupo Recreativo e Familiar o serão foi animado por mais uma sessão do orçamento participativo de Cascais 2014.

Nunca será por demais frisar que todas as iniciativas que promovem o envolvimento dos cidadãos na resolução dos seus próprios problemas, possuem o mérito - entre outros - de fomentar uma cultura de participação cívica social e política crucial para a sobrevivência dos ideias democráticos num contexto em as suas insuficiências e falhanços da democracia representativa e formal são amplamente expostos e sentidos diariamente pela generalidade dos/as Cidadão/ãs.

Numa sala abarrotada com mais de uma centena de cidadãos e cidadãs, foram de índole diversa os projectos propostos ao público para votação:

Um centro de cultura e convívio na Atrozela ( Alcabideche); Uma pequena ciclovia para permitir o acesso a escolas na zona de Murches (Alcabideche); A construção de um equipamento desportivo para modalidades como as artes marciais e a dança, em Murches; A reabilitação do auditório do Parque de Palmela, para permitir a realização de programas regulares de teatro, dança e música; Uma sala de terapias para crianças e adultos com necessidades educativas especiais ou portadores de deficiência; A construção de oito salas de aula no Agrupamento de Escolas Ibn Mucana em Alcabideche, foram os projetos apresentados a sufrágio perante um público desejoso de participar.

domingo, 11 de maio de 2014

Aga Khan e a Quinta dos Ingleses

São bastante notórios os traços comuns entre os dois mais polémicos projectos imobiliários que o Município de Cascais está a promover no concelho: Os empreendimentos de Carcavelos-Sul e de Areia-Guincho.

Em ambos os casos pretende-se construir em consideráveis extensões e volumetrias, ocupando com cimento e betão terrenos onde a paisagem não se encontra humanizada.

Ambos os empreendimentos revelam por parte do município uma veneração dos interesses privados em prejuízo de interesses públicos e das comunidades, cuja opinião é ignorada ou mesmo desprezada e hostilizada.

Ambos os projectos se revelam de muito pouca utilidade para as comunidades onde está previsto serem implantados, descaracterizando e banalizando a paisagem das zonas onde se pretendem edificar.

Ambas propõem-se retirar aos moradores o usufruto de áreas de passeio e circulação pedonal livres e concorrer para a degradação da paisagem e dos solos introduzindo-lhe betão, cimento, vidro e asfalto, banindo elementos naturais como terra, flora e fauna.

Ambos pretendem ignorar que é verdadeira qualidade de vida - e igualmente um prazer muito grande para quem ali mora - olhar a paisagem ampla sem se deparar com edifícios, percepcionar os campos e os elementos naturais, acolher nos sentidos o som do vento nas árvores, o canto das cigarras, dos grilos e de centenas de aves que ali nidificam.



sábado, 10 de maio de 2014

Carlos, o turista

Esta é a história do turista Cascalense Amigo do Ambiente que não descansou enquanto não relvou tudo o que havia para relvar, faltam apenas algumas praias embora já tivesse ensaiado uma tentativa falhada ali para os lados de S. Pedro mas o sal não consentiu e ainda bem porque senão teríamos que nos deitar sobre a relva que essa não entra como a areia para aquelas partes mais recônditas de algumas mentes migrantes ou de duvidosa luz e amigas da relva.
Ter rotundas verdes é muito bom para o trânsito mas tê-las com esculturas é muito melhor e ter esculturas verdes de bronze oxidado é mesmo muito empreendedor.
Talvez não fosse má ideia manter o D. Pedro bem regado para preservar melhor o verdete do real manto escorreito.
São assim a fina flor dos nossos políticos empreendedores, tão estreitos de vistas como mãos largas a gastar na Publicidade, tal frenesim impede-os com certeza de fazer vénia a tal régia presença verde.




Arco-íris
Maio de 2014


quarta-feira, 7 de maio de 2014

...e mais: O que vai ser o pós troika - por Ricardo Paes Mamede

O desacordo ortográfico

Em nome do amor e respeito a esta língua, que tão bem nos serve e expressa, continuaremos escrevendo como nos foi ensinado. 
Porque este acordo nos oprime diminui e entristece, resolvemos escrever, a quatro mãos, algumas 
linhas sobre este assunto:
Ler e deparar com a língua mutilada, desdentada, onde faltam letras, se confundem 
significados e se baralham sons...
Uma língua diminuída, atamancada e regredida de uma só penada; uma língua que regrediu por 
decreto; decreto que imediatamente se cristalizou em manuais... E porquê?

terça-feira, 6 de maio de 2014

Abstenção: E como é em Cascais …?

É mais ou menos consensual a ideia de que as pessoas estão fartas dos políticos e dos partidos. “ São todos iguais, quando são eleitos fazem o contrário do que dizem durante as campanhas eleitorais “, quem nunca ouviu ainda algo deste género?
É assim no País e foi assim também nas últimas eleições autárquicas em Cascais.
Prova disto são os resultados das últimas eleições autárquicas de 29 de Setembro de 2013 em que votaram apenas no País 47,4 % dos cidadãos inscritos, em Cascais não votaram 62 %.



segunda-feira, 5 de maio de 2014

Vemos, ouvimos e lemos. Não podemos ignorar.

Para estarmos em condições de apoiar quem mais precisa, vamos constituir uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), denominada “Rede Solidária Ibn Mucana, IPSS” 


quinta-feira, 1 de maio de 2014

Acordai

Acordai
acordai
homens que dormis
a embalar a dor
dos silêncios vis
vinde no clamor
das almas viris
arrancar a flor
que dorme na raíz